Os mesmos sintomas apresentados por dezenas de crianças que estudam em uma mesma escola de educação infantil chamaram a atenção das autoridades e da comunidade serafinense. Em fevereiro deste ano, um total de 27 crianças ficaram doentes, sendo que a internação hospitalar foi necessária para 16 delas. Um possível surto foi então investigado, sendo que o assunto rendeu inúmeros comentários e expectativas, inclusive no Poder Legislativo. Na manhã de segunda-feira (24), em reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJRF), a Coordenadora da Vigilância em Saúde de Serafina Corrêa foi convidada para apresentar relatório deste incidente para os Vereadores.
Patrícia Betineli revelou que os exames feitos confirmaram um surto por salmonela e assim, inspeção, avaliação e acompanhamento nas dependências da escola situada no Bairro Gramadinho foram realizados, já que a doença poderia ter sido causada por alimento ou água contaminados. “Naquele momento, a escola estava tendo problemas de superlotação, uma vez que acumulava crianças também de outras escolas que estavam em férias. Detectamos que manipuladoras também não eram da escola e questões de higiene e regras para manipulação dos alimentos foram deixados de lado”, explicou Patrícia, ressaltando que os indícios apontam de que tenha ocorrido contaminação devido a pessoa que estava infectada por bactéria e erro de manipulação, ou seja, o alimento foi contaminado no momento da sua manipulação.
“A Secretaria Municipal de Educação, a nutricionista que é responsável pela fiscalização de toda a rotina para alimentação das crianças e a escola foram notificadas já que um descuido muito grave aconteceu. Infelizmente, este não foi o primeiro e possivelmente nem será o último surto, mas nosso trabalho tem o intuito de evitar”, explicou Patrícia, mostrando os documentos recebidos do Estado que apontam que neste caso ocorreu a manipulação incorreta de alimentos e regras de higienização foram deixadas de lado.