Em poucas semanas, quase dois mil amigos em uma rede social. Este número apenas demonstra o quanto o Padre Giovanni Simonetto é querido, respeitado e presente no cotidiano da comunidade Serafinense. Depoimentos emocionados, preces e desejos de saúde e paz estão estampados nas inúmeras e diárias manifestações postadas por serafinenses no facebook do sacerdote que atualmente reside no seu país natal, a Itália, em uma casa própria para idosos de sua congregação.
Na Sessão Ordinária de 3 de junho, com assinatura e apoio de todos os nove Vereadores de Serafina Corrêa, uma Indicação foi apresentada e aprovada requerendo que o Pe. Giovanni reconsidere a sua decisão e peça aos seus superiores para retornar ao Município de Serafina Corrêa. Os legisladores assim justificam este expediente: “Somos conhecedores que foi única e exclusiva do Padre Giovanni a decisão de ir a Casa San Rafael na Itália. Também, somos conhecedores que Pe. Giovanni sempre demonstrou seu desejo de viver e morrer em Serafina Corrêa. Em muitos depoimentos dizia que jamais voltaria à Itália. Agora, na Itália e entrevistado por rádios locais, depoimentos e facebook disse que seu desejo era estar em Serafina Corrêa, mas sua consciência (obediência) exige ficar na Itália. Também disse que o Papa Bento XVI teve coragem de quebrar um paradigma da Igreja Católica em abdicar de seu cargo, mas ele não tem coragem de quebrar um paradigma dos Padres que é o destino dos Padres Anciãos, em especial porque no passado ele ocupou o cargo de Superior da Congregação Scalabriniana e assim ele determinava”.
Não é a primeira vez que o Padre Giovanni Simonetto é tema de expedientes legislativos, sendo que no ano de 2001 um Projeto de Decreto Legislativo foi aprovado e em solenidade realizada em dezembro daquele mesmo ano, a Câmara entregou o título de “Cidadão Serafinense”, como forma de reconhecimento pelo trabalho realizado. Nascido em janeiro de 1920, Padre Giovanni chegou ao Brasil no ano de 1946, com a tarefa de atuar em Serafina Corrêa, local onde retornou diversas vezes e morou por décadas.