Câmara de Vereadores de Serafina Corrêa

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Serafina Corrêa, 20 de Abril de 2025

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Preocupada com o iminente colapso nas estradas em razão do aumento na circulação de veículos leves e pesados, a governadora Yeda Crusius (PSDB) começa a percorrer o Estado ainda em maio para apresentar aos gaúchos os Programas Estruturantes, pautados principalmente no Duplica RS, que prevê a melhoria das rodovias.

Na bagagem, Yeda levará números que justificam investimentos nas rodovias. Citará, por exemplo, que os pólos de celulose, naval e leiteiro em implantação nas regiões Sul e Norte elevarão para 21 mil o número de fretes/dia daqui a dois anos (eram 16 mil em 2005). No mesmo período, ela prevê um crescimento de 55% na tonelagem de cargas transportadas pelas estradas, boa parte da Serra para o porto de Rio Grande.

Em relação aos carros leves, a governadora projeta que o Estado terá 4,2 milhões de veículos circulando até o final do ano, contra pouco mais de 3 milhões há três anos. Yeda também lembrará que a fragilidade da malha viária é responsável por grande parte das 765 mortes ocorridas em 2007 nas estradas estaduais. O Rio Grande do Sul é o Estado com menor número de estradas duplicadas.

Contratos de concessionárias serão prorrogados por 10 anos

A primeira vez que a Serra ouviu falar dos Programas Estruturantes foi em junho de 2007, durante uma reunião da governadora com empresários na Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Segundo o secretário estadual de Infra-estrutura, Daniel Andrade, os últimos 10 meses serviram para viabilizar financeiramente o Duplica RS.

A primeira etapa dos programas, que prevêem investimentos de R$ 13,2 bilhões em 10 anos, beneficiará os 1.076 quilômetros de estradas concedidas à iniciativa privada. Nos primeiros quatro anos, as concessionárias investiriam R$ 1 bilhão em duplicações, terceiras pistas, construções de rótulas e viadutos e asfaltamentos, entre outras obras. Só no primeiro ano seriam R$ 400 milhões investidos no projeto.

Em contrapartida, o contrato com as concessionárias seria prorrogado de 10 a 15 anos, dependendo do trecho e das obras, acrescido do fechamento de rotas de fuga, da mudança de local de praças como a de Vila Cristina, em Caxias do Sul, e da abertura de novos pontos de cobrança, com o objetivo de reduzir tarifas nas praças já existentes. As empresas se comprometeriam a não reajustar as tarifas de pedágio. As mudanças serão apresentadas pela governadora ao longo dos próximos meses nas principais cidades gaúchas. Após essa etapa, as alterações nos contratos com as concessionárias serão enviadas à Assembléia para apreciação e votação do projeto.